Uns certos sonhos - (Texto sem a vogal "A")

Surpreendo-me com meus sonhos repetitivos, sonhos repletos de positivos quereres, tipo um encontro.
Curioso é que nem sei se tu existes ou se és fruto de sonhos meus. Homem de belo porte, um deslumbre! E tenho todo tempo disponível contigo, estou sempre com um objetivo: ver-te!

Em meus sonhos, tu surjes sempre por perto. Sinto teu perfume, teu toque é leve como cetim, tem efeito eloquente... Vives por onde? Oh, mistério!
Espreito o vento, o escuro noturno, e, em nenhum ponto, consigo vestígios que confirmem o teu existir...
Meus sentires... criteriosos ou loucos sentires! Sinto medo do inconsistente, porém sigo em frente

Perigo? Sim! Corro o risco de perder-me no trecho obscuro sem que encontre o fio que te prende. E me pergunto: “Terei êxito ou terei dores? Serei feliz?”. Presumo tudo de melhor, só positivismo!

Eu penso no doce dos teus beijos, no negro dos teus olhos, oh! E se tudo for diferente, como vou ter o sorriso eloquente que tenho em meus sonhos?

Num repente, encontro um bruxo. Leu e releu os riscos que dizem do viver ou sofrer, esboçou um sorriso e disse: “Queres ouvir? Penetrei no teu sonho, confesso que vi tudo negro, o verde ficou gris, te vi sem solo, sem roteiro...”. Meu sorriso endureceu, meu olho petrificou, voei, virei um ser sucumbido, um esqueleto desiludido defronte do bruxo rindo de mim... como quem diz: “Melhor crer em Deus do que em mim, sou somente um bobo!!”