quarta-feira, 16 de maio de 2018

Encerrada em mim mesma



Madrugada fria, silêncio nas ruas,
No meu quarto de paredes amareladas
Não há nada além dessa criatura
Sem azáfama, cheia de tristuras,
Com alma entediada.
Um corpo que perdeu sua pintura.

Encerrada em mim mesma
Nada mais parece existir.
Já não evoco alegria, serei seresma?
Ah! Se eu pudesse introduzir
Nesse meu corpo de lesma
O desejo de parir...

Novas emoções,
O ardor da paixão,
O fogo dos vulcões
Desse mal, a isenção!
Despertar em comoções...

Diná Fernandes

Dúvida de coração bobo

Não sei onde vou guardar tanto fascínio Se n'alma, em um casulo ou coração Penso-te distante do meu domínio Coração fica doido de paixão...