Anoitece,
o fim de tarde é dolente
e melancólico,
algazarra dos pássaros,
vem como sinfonia que toca
meu coração queixoso .
Da janela, escuto
uma canção dolente,
é uma canção de saudade,
é um canto pungente
de ave sem ninho
procurando abrigo.
As ruas estão desertas
portas baixadas,
já não vou ao café,
sinto o clima nostálgico
da tarde que apaga
caindo sobre mim.
E eu guardo de sobejo
o calor do último abraço
naquela tarde de sábado,
preciso d’um oásis
em meu árido coração
Antevejo um poema triste!!
Diná Fernandes