Vejo uma tela com desenho humano
E, lado a lado faço as comparações
As borradas cores do meu quotidiano
Diferem muito das tais comparações
E questiono sobre minha aparência
Um ser esquisito em moldura tosca
Alma sem alquimia, sem florescência
É fato, sou um ser de pintura fosca
Nesse contexto torto e sem atavios
Há um novelo de sentires guardados
Sonhos, desejos e amarrilhos bravios
Contidos e iludivelmente sonhados
Destrancando as portas do coração
Expressando minhas inquietações
Meus deleites, devaneios e paixão
Dando vasão as diversas emoções.
Diná Fernandes